Se você é que nem eu, um fã de Resident Evil, que já tinha perdido as esperanças de jogar um novo capitulo da série que seja tão bom quanto os clássicos? Um jogo que traga aquela sensação tensa de que todo passo, tiro ou uso de recursos tem que ser calculado para conseguir avançar no jogo?

Pois bem, eu já tinha perdido aquela paixão pela série, logo depois de só experimentar um pouco do Resident Evil 5 e não curtir. Tá, confesso que deveria dar uma chance maior ao jogo (e ainda pretendo), mas aquele não era o Resident Evil que esperava. Aí veio o Resident Evil 6, e nem dei bola para ele, nem sei se é bom ou ruim! rs… E depois, na E3 2016, anunciaram o Resident Evil 7… com visão em primeira pessoa e personagens totalmente desconhecidos… foi aí que pensei que iria me divorciar de vez da série! Mas queimei a língua (e bonito)…

Depois do jogo lançado e de ver os vários comentários positivos dizendo que o jogo é surpreendente bom, resolvi dar uma chance ao jogo e comprei (pulando o 5 e o 6 e todos os outros spin-offs que foram lançados, principalmente o Umbrella Corps). Entretanto, mesmo depois de comprado, ainda adiei um tempinho para começa-lo, por puro receio (ou preconceito, sei lá), mas hoje posso dizer com a absoluta certeza que só estava perdendo tempo… que jogo ÓTIMO!

Hoje, eu recomendo o jogo para todo mundo que vejo pela frente, desde os jogadores das antigas até para aqueles que nunca jogaram um Resident Evil na vida! Só não recomendo para quem tem problemas de coração, pois o jogo é bastante tenso! haha…

Ethan.. Eeeethaann!?

Bom, vamos ao que interessa, você assume o papel do jovem Ethan Winters, que após receber uma mensagem misteriosa da sua companheira Mia, desaparecida há alguns anos e praticamente dada como morta, o levou à cidade de Dulvey, na Louisina, mais especificamente na propriedade da estranha família Baker. Aliás, ao dizer “estranha” estou sendo bem modesto, pois a família é totalmente bizarra!

Mas são eles, os antagonistas do jogo, que se tornam os mais marcantes, pois Ethan, o protagonista, quase acaba caindo no esquecimento, quero dizer, não ficará marcante quanto os personagens clássicos da série como, Jill Valentine, Chris e Claire Redfield, Leon Kennedy e por aí vai… cujo os nomes já estão gravados permanentemente em nossas memórias! Mas pelo que me parece, foi intencional. A Capcom queria o personagem fosse uma pessoa comum que, assim como nós, estaria totalmente perdido na trama, que aos poucos iria sendo revelada. E, só para constar, no final (sem dar spoilers) você fala “uau, tudo faz sentido! Que jogo!”.

Pois bem, apesar da trama ser bastante envolvente e misteriosa, do tipo “O que a família Baker tem a ver com Resident Evil?” e tal. Mas o que mais atraiu no jogo mesmo, foi sua atmosfera sombria. Ela me fazia (novamente) avançar no jogo com muita cautela e tensão, prestando atenção em todos os ruídos e movimentos. Teve até momentos onde precisei dar um pause, dar uma respirada e voltar! haha… A propósito, recomendo jogar com fones de ouvido e luzes apagadas para ficar totalmente imergido ao jogo, pois a trilha e os efeitos sonoros são um dos pontos fortes, eles dão a ambientação perfeita ao jogo, assim como os gráficos e iluminação (ou a falta dela) muito bem trabalhados.

Mas e quanto a visão em primeira pessoa?

Bom, no final das contas, eu acabei acostumando, pois ela é talvez a principal responsável em trazer uma experiência ainda mais aterrorizante ao jogo, você fica totalmente imergido ao ambiente (fico imaginando como seria jogar no PSVR?). Mas ao mesmo tempo, a visão te limita um pouco na jogabilidade, pois além de não ter uma visão mais ampla do cenário, você também tem seus movimentos mais limitados, como por exemplo, você não tem a opção da esquiva rápida e não sabe o quão longe do inimigo você está quando está tentando fugir dele, o que aumenta ainda mais o nível de tensão!


  
    Tem coragem de avançar?
Tem coragem de avançar?

O bom e velho Resident Evil de volta?

A Capcom caprichou nas referências e trouxe de volta vários elementos clássicos, tais como puzzles, baús de armazenamento, dispositivo para salvar seu progresso (que agora é um gravador, não mais uma máquina de escrever) e o gerenciamento de recursos (munições e medicamentos) que você pode carregar contigo no avanço no jogo.

No começo, você tem que basicamente explorar a residência dos Bakers e resolver alguns puzzles para conseguir escapar dela, mas tudo isso sendo feito com muita cautela pois seus inimigos neste início são próprios Bakers (um de cada vez), começando pelo pai, Jack Baker, que fica te “caçando” pela casa inteira (e ainda por cima, fica gritando seu nome, perguntando onde que você tá?). Você tem que se esconder, esperar ele passar e progredir. É muito tenso, pois se ele te ver, você terá que correr e achar um esconderijo, pois é muito difícil derrotá-lo (para não dizer impossível) e se ele te pegar, é morte na certa! Depois que você consegue sair da casa principal, é a vez da Marguerite Baker nos anexos da casa e segue mais ou menos o mesmo esquema.


  
    Os Bakers adoram uma cerveja também! :)
Os Bakers adoram uma cerveja também! :)

Depois de um certo avanço no jogo, você começar a encontrar os Mofados, os “zumbis” do jogo. Estas mutações, tem três variações, o Mofado, o Mofado obeso e o Mofado de quatro pernas, cada um com suas particularidades, sendo o Mofado o mais comum e fácil de derrotar, o obeso o mais resistente e o último mais ágil e veloz. Enfim, você tem que agir com muita cautela e contando munições, pois tem momentos que fará muita falta se você não economizar! Sendo sincero, o jogo ficou mais interessante para mim quando cheguei nesta etapa!

Conclusão

Resident Evil 7 não trouxe de volta o mesmo sentimento de estar jogando um Resident Evil clássico, mas com certeza, trouxe uma experiência muito marcante com a cara da série, ou seja, com uma história envolvente, onde cada detalhe é revelado no tempo perfeito e, que procurei não revelar nada aqui para não estragar sua experiência (caso ainda não tenha jogado). Enfim, recomendo à todos, principalmente, para aqueles que gostam de um belo jogo de suspense/terror, pois faz jus ao gênero! :)

Agora, é esperar ansiosamente pelo lançamento de Resident Evil 2 remake em Janeiro/19, mais precisamente no dia 25. Acredito que o jogo terá uma pegada mais tensa como o RE7 unificada com uma jogabilidade em terceira pessoa mais voltada para os clássicos. Só QUERO!

Resident Evil VII biohazard

PlayStation 4


Desenvolvido por: Capcom
Publicado por: Capcom
Data de Lançamento: 28 de Fevereiro de 2017
Gênero: Ação / Terror

5

Finalizado em: 10 de Março de 2018